sábado, 14 de setembro de 2013

Bem Vindos a Holanda

Hábitos Holandeses

Visitas - Geralmente os holandeses não gostam de visitas que chegam sem aviso antecipado. Se você tem uma amiga muito especial, você pode telefonar pela manhã e avisar que passará para uma visita à tarde, mas normalmente deveria ser com uma antecedência bem maior.  Mesmo filhos adultos às vezes têm que telefonar aos pais e vice-versa para saber se podem visitá-los no dia e horário desejado. Nunca diga "qualquer hora passe aqui em casa" a não ser que você não queira receber visita dessa pessoa. Sempre tem que se marcar o dia e a hora. Nunca espere que o holandês se atrase para a visita, se você marcou às 14h, ele chegará nesse horário em ponto, tenha portanto o café para ser servido. Assim que a visita entrar você tem que servir café ou chá e não se esqueça de servir uma bolacha ou um bombom com a bebida.  Mesmo para trabalhadores que estão em serviço na sua casa você deve servir café ou chá. É falta de educação servir-se, sempre espere ser servido. Nunca se esqueça de perguntar às suas visitas se elas aceitam mais café ou chá.

Presentinhos de hospitalidade - Geralmente quando visitamos alguém levamos algo para essa pessoa. Os presentes mais apropriados são: flores, chocolates ou alguma guloseima doce. Não se esqueça de levar flores se sua anfitriã for diabética ou estiver em dieta.

Beijos - O ritual ao encontrar-se com amigos e membros da família pega alguns estrangeiros de surpresa. São dados três beijinhos nas bochechas, direita-esquerda-direita, os homens se cumprimentam com aperto de mão. É um protocolo básico um aperto de mãos e dizer seu nome - primeiro e último ou somente o último - ao ser apresentado para alguém.
Cartões e presentes - Holandeses sempre gostam de presentear ao visitar alguém, em aniversários e formaturas. Esses presentes são flores, chocolates, vinhos ou alguma outra coisa que não seja muito cara. Também é muito comum dar um envelope com dinheiro para quem está casando, aniversariando ou formando.  O presente deve ser aberto na hora, nunca espere alguma grande reação de um holandês ao receber um presente. Também têm costume de enviar cartões para várias ocasiões como: ser aprovado, tirar carteira de habilitação, casa nova, aposentadoria, agradecimento por um jantar. Quando estão de férias sempre enviam cartões aos amigos.

Aniversários - Os holandeses sempre celebram o aniversário e aguardam visita da família e dos amigos nessa data. É considerado anti-social quando se deixa de celebrar o aniversário (verjaardag) de um amigo ou parente. No local de trabalho, o aniversariante deve levar o bolo e as guloseimas para a comemoração com os colegas. Do mesmo jeito fazem as crianças, elas levam as guloseimas para comemorar o aniversário com os colegas de classe. Calendários de aniversários (Verjaardagkalenders) são pendurados atrás da porta do lavabo para que essas datas não sejam esquecidas. Caso o aniversariante more distante ou por alguma outra razão não haja possibilidade de comemorar em pessoa, cartões são enviados. Nunca se esqueça de cumprimentar um holandês pelo seu aniversário, esse tipo de esquecimento não é bem visto. Cumprimente não só o aniversariante, mas os familiares e amigos presentes na comemoração com um sonoro "Gefeliciteerd" (parabéns), não se assuste quando alguém te cumprimentar pelo aniversário do seu marido, da sua mãe, etc.

Aniversário de 50 anos: Abraham e Sara - Esse aniversário é um marco especial na vida dos holandeses. Se for uma mulher que completa os 50 anos de vida, ela é chamada de Sara, o homem é Abraham, essa tradição vem de uma passagem bíblica (João 8:57- Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos e viste Abraão?). Um boneco de tamanho natural é colocado em frente à casa do aniversariante. Ao contrário de outras culturas onde se tenta esconder a idade ou mesmo camuflar o envelhecimento, na Holanda eles ficam extremamente orgulhosos de ter chegado à idade madura. Na concepção deles, quanto mais velho, melhor é.

Casamentos - A cerimônia religiosa (que não é mais celebrada com frequência) só pode ser feita após o casamento civil. Depois da cerimônia a comemoração poderá ser feita em três partes: uma recepção(receptie), um jantar(diner) e uma festa(feest). É comum que para cada uma das comemorações haja um grupo diferente de convidados. Amigos mais chegados e familiares poderão ser convidados para todas as fases da comemoração, enquanto colegas de trabalho e vizinhos são convidados somente para a recepção logo após a cerimônia.

Aniversários de casamento - Quase sempre casais holandeses comemoram com familiares e um grande grupo de amigos os doze anos e meio de casados, os 25 e os 50 anos de casados. Os presentes em geral são flores, um bom vinho ou os convidados se reúnem e se cotizam para compra de um só presente de valor mais alto.

Nascimentos - Se você ver uma cegonha e balões coloridos, rosas para meninas e azuis para meninos, em um jardim de uma casa, saiba que ali nasceu uma criança. Parentes, colegas e amigos telefonam com antecedência para marcar o dia e a hora da visita, sempre levam algo para o bebê, um brinquedo ou uma roupinha. Às visitas serve-se café ou chá acompanhado de "beschuit met muisjes"
(torrada redonda com manteiga e confeitos) cor de rosa se for menina e azul se for menino.

Por que é servido "Beschuit met muisjes" quando visitamos um recém-nascido na Holanda?Tudo começou por causa das sementes de anis. Antigamente as mulheres que acabavam de dar à luz comiam sementes de anis para estimular a produção de leite. Às crianças, ao visitarem o bebê recém-nascido, servia-se pão com manteiga e açúcar. Os confeitos conhecidos por muisjes foram inventados naquela época: sementes de anis com uma cobertura açucarada. Quando o "beschuit" (tipo de torrada redonda) foi inventado na metade do século XIX começou o hábito de servir "beschuit met muisjes"* às pessoas que visitavam o recém-nascido pela primeira vez.
Falecimento - Quando alguém morre, um membro da família envia um cartão com uma tarja preta avisando do acontecimento, muitas vezes esse cartão traz os seguintes dizeres: "bezoek is niet gewenst" (não desejamos visitas) ou "de overledene wordt in besloten kring begraven" (o funeral será somente para pessoas da família) . As pessoas que quiserem fazer uma visita de despedida ao falecido, deverão telefonar para marcar o dia e horário com a família enlutada. Depois do enterro ou cremação, há uma recepção às pessoas ali presentes onde terão oportunidade de manifestar suas condolências à família enlutada.

Literatura dos Holandeses

A literatura holandesa e flamenca são trabalhos literarios escritos na língua standard dos Países Baixos desde a Edade Média. Geralmente utilizamos o término holandês quando nos referimos a linguagem que se fala na Holanda e flamenco para os falantes de holandês na Bélgica. Isto não é totalmente correto e muitos estudiosos da língua nos diriam que, o holandês e o flamenco são dialétos de uma única língua.
A partir do século XII a literatura mais recente dos Países Baixos manifiesta uma grande influência do francês e em menor grau do alemão, que se reflete no léxico que utiliza e em seu estilo literario. A literatura holandesa da Edade Média mostra as mesmas características que as literaturas contemporâneas vernaculares. Assim, o espirito burguês das obras de Jacob van Maerlant, também se plasma nas versões holandesas de Reynard the Fox. Hadewijch, John Ruysbroeck, e Gerard Groote falam a linguagem do misticismo. No século XIV, havia diminuido a cavalaría e o escolasticismo, e no s.XV o misticismo se transformou em uma devoção moral. Entre os dramas medievais neerlandeses mais conhecidos, estam María de Nimmegen e a peça teatral de moralidade ockerlijk, estreitamente ligada a Everyman, traduzida para o nosso idioma por um autor anônimo que lhe deu o título de: a disputa da alma e o corpo.
A literatura flamenca e holandesa se debilita depois do século XVII. Pieter angendijk e Justus van Effen,imitador de Joseph Addison, e as novelistas oisabeth Wolff e Agatha Deken, foram os escritores neerlandeses mais importantes do século XVIII. no s.XIX a literatura flamenca e holandesa se expande pela Europa, das mãos dos novelistas Jacob van Lennep, Anna Bosboom-Toussaint, Eduard Dekker, e o belga Hendrik Conscience; e dos poestas Isaäc Da Costa, Hendrik Tollens, Everhardus Potgieter, e os belgas Guido Gezelle, Albrecht Rodenbach, Pol de Mont, e Nicolaas Beets.
A partir dos anos 40 a novela psicológica passou a representar a literatura flamenca. O doctor Simon Vestdijk, provavelmente o melhor escritor holandês do século XX, escreveu novelas psicológicas que revelavam a influência do existencialismo. Um contemporâneo sujo, Gerrit Achterberg, trabalhou sobre temas similares como a vida e a morte, em seus profundos poemas. O diário de Ana Frank é só um dos trabalhos mais conhecidos dos muitos que estam relacionados com a experiêcia holandesa durante a 2ª Guerra Mundial. o carácter da poesía holandesa se viu alterado depois da guerra quando Lucebert, Lubertus Swaanswijk, que trabalhou para o grupo internacional CoBra, rejeitou a rima e a métrica e introduziu elementos sulrealistas no verso

Comportamento

Assim como temos a nossa “saudade”, o idioma holandês, dentre outras tantas palavras ora indecifráveis, ora impronunciáveis, tem a sua intraduzível “gezellig”. Gezellig significa algo próximo de aconchegante, caloroso, simpático, agradável. Assim, uma festa pode ser gezellig, como também uma casa, uma viagem, uma pessoa ou  até mesmo um país.
Essa palavrinha, que a princípio parece bem complicada de falar,  num bom jeitinho brasileiro e aportuguesado, seria próximo de “Rezela”. Ela não sai da boca do povo holandês, no entanto, muitas vezes não reflete no seu comportamento. Uma atitude oposta ao conceito “rezela”  de ser, seria uma atitude “asociaal” – associal ou antissocial em português.E acreditem ser  classificado como “asociaal” é um ofensa muito grande na Holanda.
Paradoxalmente, no início do ano, foi feita uma pesquisa com 1000 holandeses e 95% deles afirmaram ter um comportamente antissocial de vez em quando. Apenas 18% deles afirmaram ter sidos chamados a atenção por outros pelo seu “desvio de conduta” . Mas o que seria classificado como um comportamento “asociaal”? Bom, a SIRE, um organização sem fins lucrativos lançou uma campanha em março deste ano para conscientizar a população de várias situações em que as pessoas agem de forma associal sem se dar conta. Quem age dessa forma é o  ”Onbewust asociaal” ou o associal inconsciente.
Confira os videos e veja se você  já esteve em alguma situação dessas…como espectador ou como protagonista:

Folclores


Folclórico -  concernente ao folclore
Folclore provém do inglês folk (fouk) gente, tribo nação e lore conhecimento, tradição.
Folk tale ou folk story lenda.
Folk-custom costume popular.
Folk-dance dança folclórica.
Folk-music música folclórica.
Folk-song canção folclórica.
O Dicionário Globo define o verbete folclore com sendo “Conjunto das tradições, lendas ou crenças populares de um país ou região, expressas em provérbios, contos ou canções; ciência das tradições, crenças e costumes populares”.
(Dicionário Brasileiro Globo, 37 ed. São Paulo, 1995).
A Carta do Folclore Brasileiro elaborada no ano de 1951, no Rio de Janeiro, por ocasião do I Congresso Brasileira de Folclore definiu folclore como “as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular e pela imitação e que não sejam diretamente influenciadas pelos círculos eruditos e instituições que se dedicam ou à renovação e conservação do patrimônio científico e artístico humano ou à fixação de uma orientação religiosa ou filosófica”.
No decorrer dos anos com o advento da televisão e modernização da sociedade havia o temor que o folclore desaparecesse.
Não foi o que aconteceu. A cultura passou a ser vista de outra forma.
As manifestações culturais passaram a ser entendidas como a expressão a visão de mundo de uma sociedade.
Além de se buscar e dar sentido às datas festivas e aos elementos que se interligavam como danças, trajes típicos, pratos típicos (folclóricos), havia outros elementos, cujos significados eram representativos de uma sociedade.
Romperam-se as barreiras entre a cultura popular e a erudita. O folclore passou a ser visto como fato cultural.
No ano de 1995 por ocasião do VIII Congresso Brasileiro do Folclore, os folcloristas brasileiros revisaram a Carta do Folclore Brasileiro que passou a ser definido como “o conjunto das criações culturais de uma comunidade, baseado nas tradições expressas individual ou coletivamente, representativo de sua identidade social. Constituem-se fatores de identificação da manifestação folclórica: aceitação coletiva, tradicionalidade, dinamicidade, funcionalidade”.
O folclore brasileiro representa a cultura do povo brasileiro.
A nossa marca primeira e forte está nas três raças que formaram a história brasileira: indígenas, portugueses e negros.
No entanto, não somos mais as três raças que constituíram o início da história brasileira. Quando nos perguntam, qual a nossa identidade cultural, certamente respondemos “A nossa identidade cultural é constituída por uma diversidade de elementos, entre eles os folclóricos gerados no próprio país ou trazidos pelos imigrantes que colonizaram as diferentes regiões do Brasil”.
Ijuí, município localizado na região noroeste do Rio Grande do Sul representa uma mostra desta identidade cultural brasileira.
Aqui convivem 12 grupos étnicos constituídos em centros culturais.
Esses grupos preservam a cultura dos antepassados seja na língua, arquitetura, religiosidade, gastronomia, canções, dança e música.
A expressão do folclore é uma marca forte nas etnias de Ijuí que para 2012 pretendem mostrar ao público um pouco da cultura dos países de seus antepassados.
Para tanto, estarão mostrando através de desfile de carros alegóricos, no entardecer do dia 30 de setembro, domingo, alguns dos elementos folclóricos da África, Árabes, Alemanha, Áustria, Espanha, Holanda, Itália, Letônia, Polônia, Portugal, Suécia e do nosso querido Rio Grande do Sul, através do Centro Cultural Querência Gaúcha.
Além dos elementos folclóricos o público poderá se inteirar tanto da história de cada centro Cultural como a história do símbolo (elemento folclórico a ser apresentado.)
Serão mais de 20 carros alegóricos que darão uma verdadeira aula de cultura na Rua Beijamin Constant de Ijuí.
Para que os leitores conheçam um pouco sobre as etnias e os elementos folclóricos escolhidos para serem mostrados no desfile, apresentaremos a seguir pesquisa desenvolvida por integrantes dos grupos ou etnias e que certamente vem enriquecer as páginas deste blog.
A primeira etnia a contar um pouco da sua história e nos apresentar alguns elementos folclóricos é a etnia holandesa.
Sociedade Cultural Holandesa de Ijuí.
Pesquisa de Agnez Cigana
De Amsterdã – Holanda no navio Rheiland, em 05 de maio de 1908, partiram com destino ao Brasil cerca de 9 famílias descendentes holandesas – Klein, Hammaier, Howergor, Van-der-Sand, Van-der-Ham, Bóist, Blom, Commandeur.....- originárias de Noortland, localidade de Purmered, chegando em Ijuí dia 27 de junho do mesmo ano.
Instalaram-se em meio às matas, em casebres de madeira rusticamente construídas, entre as localidades da Lª 5 e 10 Norte, no distrito de Chorão.
Não tinham vocação agrícola.
Eram pedreiros, carpinteiros, marceneiros, ferreiros, artesões e estivadores. Inicialmente os homens trabalharam na construção da viação férrea de Cruz Alta e Santa Maria, enquanto suas mulheres cuidavam dos filhos, da casa, das plantações e dos animais.
Em Ijuí estas famílias de espírito empreendedor e associativo foram os pioneiros na criação de gado leiteiro da raça holandesa, na criação e implantação do cooperativismo.
Dedicaram-se ainda a suinocultura, fabricação de queijos, indústria de cerâmica, fabricação de telhas e tijolos de barro e na construção de alvenaria.
Como forma de continuar a cultuar as tradições de seus antepassados, descendentes Holandeses reuniram-se na Sociedade Cultural 25 de Julho da Lª 6 Norte, no dia 16 de dezembro de 1987 fundando a Sociedade Cultural Holandesa, sendo eleito o Sr. Guilherme Commandeur (in memória) como 1º presidente da entidade.
No dia 1º de outubro do ano de 1988 foi fundado o Grupo de dança “Moinhos de Vento” reproduzindo as danças folclóricas do Norte da Holanda.
A Sociedade até então não possuía sede própria.
A casa foi construída em estilo “Enxaimel” resgatando assim, o estilo típico das moradias de campo do Norte da Holanda, inaugurando a mesma no dia 13 de outubro de 1990 durante a 4ª Fenadi.
Atualmente a casa é dirigida pela presidente Sra. Gertrud Olinda Commandeur e demais componentes da diretoria.
A casa oferece uma vasta gastronomia com diversos pratos típicos, entre os quais: pernil de porco, panqueca de vinho, beterraba ao molho branco, molho de língua, Wlai, batatinha recheada com carne, etc.
Os visitantes encontram lá também objetos tradicionais, quadros que contam sobre a história de construção do país, de sua economia, folclore e da própria fundação da etnia.
Alguns elementos folclóricos dos holandeses
MOINHOS
O moinho uma das principais características da Holanda foi usado desde o Séc. XIV para bombear água das terras abaixo do nível do mar, na conquista de mais terreno. Foi usado também na moagem de grãos e preparo de cerâmica.
Calcula-se que no séc. XVIII existiam cerca de dez mil moinhos na Holanda.
Além de fonte de energia, eles passaram a ser usados também para outras tarefas, como moer farinha.
Hoje existem cerca de trezentos moinhos em funcionamento no país.
Alguns dos mais famosos são os dezenove gigantes em Kinderdijk, ao sul de Roterdã, outros hoje ganharam nova finalidade: viraram museus e restaurantes.
TAMANCOS
Hoje estamos representando outro elemento folclórico da Holanda os famosos tamancos de madeira – O KLOMP – sapato típico holandês.
Este é mais que uma tradição.
Historicamente, há 500 anos já se usava cepas ocas de madeira para proteger os pés de lesões de pedras e espinhos.
Descobriu-se então que a madeira era uma excelente proteção para os pés.
Posteriormente eram esculpidos por artesões fazendo furos na madeira com instrumentos e técnicas caseiras.
O início do uso do sapato de madeira nos leva a Idade Média quando antigas sandálias de madeira evoluíram para o pitoresco e moderno tamanco holandês.
Na Holanda sua fabricação é datada por volta de 1429, por uma associação de sapateiros na cidade de Leyden, adquirindo o formato de sola e salto mais alto, livrando assim os pés do contato com a lama das ruas e resultando em mais conforto.
Dentro de casa era usado para proteger os pés da água e umidade nos afazeres domésticos.
Para chegar a ser um gracioso tamanco, primeiro a arvore era cortada e a madeira estocada durante o outono e inverno, estando pronta para ser esculpida após seis meses.
Feitos a mão, numa única peça de madeira clara e macia chamada, Salix ou Poupolies – no Brasil chama de corticeira - tornaram-se conhecidos tradicionalmente ao redor do mundo como calçado holandês.
O sapateiro leva em torno de uma hora e meia para esculpir artesanalmente um tamanco, que só pode ser usado com varias meias para maior conforto.
Por volta de 1918 os tamancos passaram a ser fabricados mecanicamente por maquinas, que gradativamente se desenvolveram.
Durante a II Guerra Mundial os nazistas utilizaram tamancos com o salto invertido para que quando estivessem em fuga, os alemães os procurassem na direção oposta a que estava fugindo.
O tamanco foi muito usado antigamente diariamente por homens, mulheres e crianças para proteger do frio, da umidade que faz no inverno da Holanda e facilitar sua locomoção na neve, devido ao seu formato, curvado na ponta.
São usados até hoje em algumas regiões da Holanda principalmente nos “Polders” devido a umidade, porem a maioria hoje são pintados para facilitar sua limpeza e conservação.
O tamanco mais antigo foi encontrado no Sul da Holanda com 200 anos.

Relevo e Clima

Clima: temperado oceânico
Relevo: planícies em quase todo território com presença de algumas montanhas no sudeste.
Ponto mais baixo: Zuidplaspolder (-7 metros)
Ponto mais alto: Vaalserberg (322 metros)
Principais recursos naturais: gás natural, petróleo, calcário, sal, areia, terra e cascálho arável
Uso da terra: terra arável (21,96%), culturas permanentes (0,77%) e outros (77,27%)
Principais rios: Reno, Waal e Mosa.
Principais problemas ambientais:  poluição da água com metais pesados; poluição do ar em centros urbanos.

Culinária da Holanda

Os holandeses não têm uma culinária específica. Você pode encontrar um prato normal de batatas, verduras e carne com a mesma facilidade em que encontra pratos indianos, chineses, surinameses, turcos, italianos ou mediterrâneos. Nós simplesmente gostamos de tudo. 
O café da manhã e o almoço são geralmente refeições simples, com pão, frutas e laticínios. O jantar é geralmente uma refeição quente entre 18h e 19h. Lembre-se que, na maioria dos restaurantes, a cozinha fecha entre 21h e 22h. 

Pratos holandeses típicos

Esses são os pratos e doces holandeses que você deve provar quando estiver na Holanda: Snert: sopa de ervilhas com salsichas; um prato de inverno para recuperar as energias.
Stamppot:outro prato de inverno com verduras, batatas e carne em forma de ensopado. Há variações com couve, repolho, cebola, cenoura, salsicha e bacon. O toque final é uma abertura no meio do cozido preenchida com caldo de carne.
Poffertjes: espécie de pequenas panquecas, porém mais grossas e mais doces. Geralmente servida com açúcar e manteiga. É popular especialmente entre as crianças.
Patatje met: As batatas não são especiais, mas o que vem com elas sim. Os holandeses preferem comer as batatas fritas com maionese em vez de catchup.
Bitterballen: o melhor petisco para quando se está bebendo em um terraço. Pequenas bolas de ragu de carne fritas. O irmão mais velho do "bitterballen" é o kroket, vendido em qualquer barraca de lanches.
Haring: o peixe mais popular da Holanda é o arenque. Você pode comer em um pão com cebolas ou picles, ou pode comer da maneira original, segurando o peixe pela cauda.
Alcaçuz: o alcaçuz holandês tem versões doces e salgadas e vem em vários formatos e sabores. Em nenhum lugar do mundo se come tanto alcaçuz como na Holanda.
Hagelslag: chocolate granulado em um sanduíche, saboreado por pessoas de todas as idades. 
Muisjes: confeitos de anis servidos sobre pão, com uma camada de açúcar rosa, azul ou branca. É um costume holandês comer torrada com confeitos de anis para celebrar o nascimento de uma criança
Stroopwafel: waffle com uma espécie de melaço, um prato típico holandês. Ideal para acompanhar uma xícara de café ou chá.

Geografia e Economia da Holanda

GEOGRAFIA DA HOLANDA:
Mapa da Holanda
Localização: oeste da Europa
Cidade Principais: Amsterdã, Roterdã, Assen, Haia, Ultrecht, Maastricht e Eindhoven.
Densidade Demográfica: 402 hab./km2
Fuso Horário: + 4h
Clima: temperado oceânico
DADOS CULTURAIS E SOCIAIS 
População (grupos étnicos): neerlandeses 96%, indonésios, guianeses e outros 4%
Idioma
: neerlandês (oficial)
Religião
cristianismo 54% (católicos 33%, Igreja Reformista Holandesa 14%, calvinistas 7%), islamismo 4,1%, hinduísmo 0,5%, sem filiação 39%, outras 2,4%
IDH: 0,921 (Pnud 2012) - desenvolvimento humano muito alto
Expectativa de Vida: 80,9 anos (estimativa 2012)

Taxa de analfabetismo: 1%
Gini (2006): 30,9


ECONOMIA:
Produtos Agrícolas: beterraba, batata, cereais, legumes, frutas
Pecuária: bovinos, suínos, aves
Mineração: gás natural e petróleo.
Indústria
: alimentos, química, petroquímica, máquinas.
Renda per capita (PIB per capita)US$ 42.300 (estimativa 2012).
PIB: US$ 709,5 bilhões (estimativa 2012)
* Faz parte da BENELUX junto com Bélgica e Luxemburgo.
DADOS PRINCIPAIS:
Área: 41.526 km²
CapitalAmsterdãPopulação: 16,7 milhões de habitantes (estimativa 2012)
Moeda: Euro
Nome Oficial
: Reino dos Países Baixos
Nacionalidade: neerlandesa ou holandesa
Data Nacional: 26 de julho de 1581 (Declaração da Independência)
Governo: Monarquia Constitucional
Primeiro-ministro: Mark Rutte
Divisão administrativa12 províncias (Groninga, Frisia, Drente, Overijssel, Güeldres, Utrecht, Flevolandia, Holanda Setentrional, Holanda Meridional, Zelanda, Brabante Setentrional e Limburgo).